De tudo um pouco

Divagações, opiniões, reflexões, livre-pensar…

Archive for abril \30\-03:00 2006

Em que fase está nosso blog?

Posted by Marcelo Dutra em domingo, 30 abril 2006

Rosana Hermann é uma famosa blogueira, cujo blog eu particularmente gosto muito. Trata-se do “Querido Leitor”. Coloquei um link para este blog alguns dias atrás. Ela escreveu um texto sobre blogs e blogueiros, que além de muito engraçado é uma lição para quem tem e para quem quer ter um blog. Vejam que beleza:

Ah, se meu blog falasse!
Adoro boas idéias. Mesmo sem molho. E o Kbção deu uma idéia bem legal, escrever a coluna sobre blogs. Então, vamos lá. Ao blog. In natura.
Quando você diz que tem um cachorro ninguém pergunta quantas patas ele tem, se ele sabe voar ou se ele tem uma salsicha no meio. Todo mundo sabe o que é um cachorro. Infelizmente, pouca gente sabe o que é blog. Assim, toda vez que você diz que tem um blog precisa explicar o que é, pra que serve e porque você tem um. É chato ter que explicar tudo toda vez mas é necessário pois apesar de ser um bom companheiro para o homem o blog não abana o rabo, não traz o chinelo e está no planeta a muito menos tempo que o cachorro. Com ou sem cachorro, gato, paca, tatu (cotia, não), um dia, a pessoa fica tentada e resolve fazer um blog para falar de sua vida e expor suas idéias. Parece legal. A pessoa fica toda animada e começa o blog. Escolhe um provedor de serviços, um template, um nome e… o blog está no ar!E aí começa. Posts e mais posts,que beleza! Há tanto para dizer… tanto para contar…ou pelo menos é o que parece. E começa a primeira fase: a fase…oral. Na fase oral do blog, todo mundo começa contando o cardápio do café da manhã, o cardápio do almoço e o menu do jantar… mas.. êpa! isso é um blog ou é um compêndio gastronômico? Melhor não falar tanto de comida. Talvez, expor as próprias idéias e opiniões fossem melhor. E aí, vem a segunda fase, a fase mental. Na fase mental o blogueiro protesta contra a guerra, comenta notícias, dá opinião sobre clonagem, transgênicos, mudança de sexo, tudo. Você vira uma máquina de opinar, poderia até participar do Superpop de 2a. a 6a. E depois de tantas opinições, você percebe que não tem ninguém lendo o blog. Como assim??? Por que as pessoas não entram? Que M…a!! E aí, vem a fase anal.A fase anal, como o nome já diz, é um cookie. É muito triste. Você percebe que está escrevendo para si mesmo, que não tem ninguém lendo seus posts e entra numa pré-depressão-blogueira. Mas resolve reagir. Sabe que o lance é…promover o blog. E começa a divulgar seu endereço em qualquer lugar. Nos emails, no messenger, no icq, nos sites, nos outros blogs. Você pede pra família visitar, mesmo ficando em dúvida se não tem nada que ofenda algum integrante nos arquivos. Você escreve o endereço até na porta do banheiro do restaurante, faz spam no orkut, cria banner gratuito. Vale tudo pra tirar o contador daquela miséria e transformar os zeros em meia dúzia. Tem dias que você pensa em cortar os pulsos, mas só os do telefone. De repente, a coisa funciona. O blog começa a ser lido, que beleza! O blogueiro começa a responder todos os emails, os comentários, feliz da vida. Enfim, as pessoas estão visitando o seu blog!! Oba, vamos aparecer! Muita imagem, muito gif, muito bichinho, muita cor. Em geral, o blog acaba se transformando num cyber-jegue, uma barraquinha de festa junina. Tudo lindo, tudo divertido…todo mundo vai gostar! E, sem saber, você vai entrar na fase da…paranóia. Você está no trabalho e pense… será que tem alguém no blog? Será que alguém comentou? E lá vai você verificar o contador. Os números viram uma obsessão. CAda pouco você entra lá para saber se tem alguém. Tem. Você. Metade dos hits é seu mesmo, a procura de outro alguém. Tudo na sua cabeça começa a girar em torno desta obsessão, como aumentar as visitas. Você cadastra o blog em todas as ferramentas de pesquisa, as listas, tudo. Fica pesquisando no google o tempo todo pra ver se tem alguém linkando pro seu blog, se alguém mencionou sua existência. E quando menciona, ah!!! que alegria!!! É como ganhar um certificado oficial de existência na web, uma delícia. Neste momento de alegria, você sente a .. responsabilidade do blog. Você tem que atualizar o blog, muito mais. Tem que postar mais coisas. Tem que dizer coisas inteligentes e relevantes, colocar links de gente bacana, de prestígio, pra dar moral no blog. Tem que ser cabeça, tem que achar coisas descoladas, imagens sacadas. E é justamente aí que você descobre que … o assunto acabou. Você não tem nada pra dizer mas precisa postar mesmo que seja sobre nada. Escrever sobre o quê? Para quem? Vale a pena ter um blog? Será que não seria melhor fechar o blog? Mudar de endereço? É a crise. Todo blog passa por uma crise de vez em quando. E é nessa fase, da crise, que surgem os pentelhos pra piorar. O blog ganha inimigos fixos, gente que entra pra sacanear, pra encher o saco, pra falar mal do seu texto, dos gifs animados, de tudo. E aí, no meio da crise, mal lido e mal pago, o autor se enche de brios e resolve contra-atacar. E acredite, é nesta fase que o blog… floresce e você acha seu caminho, seu assunto, seu estilo. É muito bom ter um blog com estilo, um jeitão só seu, um blog que seja, enfim, sobre alguma coisa em específico. Seu blog então, estará na fase da maturidade. Blog maduro já tem história em arquivo, tem frequentadores com nome, tem lugar no ranking, tem contador cheio, tem post comentado… Isso sim é que é blog. Talvez, esteja na hora de começar outro blog. Não, talvez, um flog. Isso. Tirar fotos do dia a dia, mostrar sua vida, contar seus detalhes. Expor não apenas seus pensamentos, mas… mostrar sua veia artística… para o mundo! ´Como? Você não tem um blog? Ah vá! Só falta você dizer que também não tem um cachorro!!!!Ah, sim, e quando puder, visite o meu cachorro. Digo, meu blog. Eu tenho um, o Querido leitor. Auuuuuuuu!!!
Um beijo, um blog, um browse, um aperto de mouse,daRosana Hermann”
Não sei em que fase estou, mas pretendo não entrar na fase de paranóia. Que os santos blogueiros me ajudem!!

Abraços …Marcelo

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Aventuras de um Peugeot

Posted by Marcelo Dutra em segunda-feira, 24 abril 2006

Meu carro é um Peugeot 306 ano 1997. É meu único carro. Foi comprado às pressas devido a perda do anterior (um Corsa sedan) causado por um acidente (virada) com o Breno, quando eu estava sem seguro. Ainda bem que nada aconteceu com o Breno, mas o carro simplesmente não ficou em condições de recuperação. Tudo isso aconteceu há mais de um ano.
Logo que fui apresentado ao carro fiquei entusiasmado. Estava limpinho, cheiroso, dei uma volta e o carro mostrou-se disposto, potente, estável. Foi tipo amor à primeira vista, e não pensei muitas vezes para adquiri-lo. Era carro de mulher, a proprietária falou maravilhas, o pai dela era mecânico, realizou todas as revisões, as peças eram fáceis de serem adquiridas no Brasil e os preços eram semelhantes aos dos carros nacionais.
Antes da entrega foi feita uma lavagem no motor. Peguei o carro e saí feliz para casa, e aí começaram os problemas. No meio do caminho senti uma fumaça no motor. Parei e o mesmo estava iniciando um incêndio, causado por um pedaço de estopa que ficou grudada na descarga. O principio de incêndio foi logo debelado e não se alastrou, não deixando sequelas aparentes.
No dia seguinte, ao ir trabalhar, o motor falhava constantemente devido à agua utilizada na lavagem que molhou as velas. Problema resolvido. A partir daí já ocorreream os seguintes problemas, não necessariamente nesta ordem:
Problemas constantes no sensor de marcha lenta (provocando falhas na aceleração);
Defeito na sonda lambda;
Problemas nos freios, obrigando a troca de todo o sistema (discos, pastilhas, tambores, sapatas, cilindro-mestre etc);
Problemas na suspensão dianteira, havendo necessidade de troca dos amortecedores, bandejas, borrachas, etc.;
Problemas na suspensão trazeira, com folga na barra de torção (ainda não resolvido);
Trocada uma bateria;
Problemas no alternador (resolvido);
Rompimento da mangueira de alimentação de gasolina, somente resolvido com a substituição por um conjunto original;
Problemas no marcador do nível de combustível do tanque, que quando marca 1/4 na verdade já está vazio;
Troca de dois pneus;
Ainda outros problemas ocorreram que não estou lembrado no momento.
A cada problema ocorrido, além do tempo perdido, do desgosto de ficar sem o carro (haja problemas em casa!), o prejuízo é agravado pela necessidade de pegar taxi e de pagar reboque.
Apesar de tudo isto, nos períodos em que o carro não apresenta problemas eu gosto muito dele e estou até pensando em comprar outro (quando puder) e ficar com o Peugeot. Acho que depois de tudo que foi feito não resta muita coisa pra consertar. E hoje ele é mais um membro da família.
Será que essa o Freud explica?
PS.: descobri recentemente três pontos de ferrugem na calha do vidro trazeiro, provocando entrada de água quando chove. Mesmo assim amo meu Peugeot!!!
Abraços…Marcelo

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Mais um feriadão

Posted by Marcelo Dutra em sábado, 22 abril 2006

É tanto feriadão seguido que nem sei mais o que fazer com eles. Não que seja ruim, mas sem grana bastante para aproveitar não vale a pena mesmo. E tem mais um na próxima semana!
Ontem fomos a um delicioso jantar na casa de um casal amigo, onde as massas eram o prato principal. Três tipos de massas, cada uma melhor que a outra. E um bom vinho para acompanhar. Quem não foi não sabe o que perdeu!
Tenho sentido falta dos amigos aqui no blog. Não sei o que está acontecendo, mas os contatos tem sido cada vez mais esporádicos. Até minha amiga Ritinha, sempre tão presente, anda afastada. Aliás seu último post foi há muito tempo atrás.
Talvez os últimos posts não tenham mesmo sido tão interessantes, mas acho ótimo quando aparece alguém para mandar um abraço ou um simples “oi”.
Coloquei mais alguns links na lista de links aí ao lado. Achei bastante intreressantes e divido com todo mundo.

Abraços…Marcelo

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Um pouco de política… (ou sociologia)

Posted by Marcelo Dutra em quinta-feira, 13 abril 2006

Os números da última pesquisa Datafolha são intrigantes. A reportagem estava no site da Datafolha. Mais do que político, o fenômeno é sociológico, e está deixando os sociólogos de orelha em pé. Porquê?????

Incrível. A pesquisa Datafolha vai deixar a oposição maluca.
Para quem não leu a pesquisa, o resultado é o seguinte, já comparando com o levantamento anterior:
………………… ………………..16-17.mar…………6-7.abr
Lula……………………………………42%…………………40%
Alckmin……………………………….23%…………………20%
Garotinho…………………………… 12%…………………15%
Heloísa……………………………….. 6%………………… 5%
Enéas…………………………………. – ………………….. 3%
Rob.Freire……………………………. 3% ……………… 1%
Eymael………………………………. 0% ………………. 1%
B/N/N.S. …………………………… 13%………………. 15%

E nada de Lula despencar. Fracassa discurso de corrupção contra Lula; tucanos podem ir de Serra, o plano B.

A pesquisa Datafolha deste fim de semana emite 3 sinais claros para esta fase inicial de campanha: 1) Lula não cai se depender das acusações de corrupção; 2) Alckmin não sobe só com o discurso de bom-moço-síndico-de-prédio-eficiente; 3) Garotinho será um osso duro de roer para a cúpula governista-lulista do PMDB.
No que mais importa para a oposição: não adianta ficar atacando o governo federal apenas no plano ético e moral. O discurso recheado de acusações de corrupção não está pegando contra Lula. PSDB e PFL parecem ainda não terem percebido que o problema é o mensageiro, não a mensagem. Pefelistas e tucanos acusarem o PT de falta de cuidado com a ética tem sido pouco para os eleitores. É evidente que existe gente de bem em todos os partidos, mas a imagem de PSDB e PFL nos anos anteriores ao governo Lula não foi, vamos concordar, a melhor possível no plano federal.
Ainda é cedo, mas só se fala em uma coisa nas hostes tucanas: se até o final de maio Alckmin não decolar para valer, ficará insuportável a pressão para que José Serra troque a candidatura ao governo paulista pela disputa ao Palácio do Planalto.

É evidente que já houve tempo suficiente para que o caso do caseiro e os efeitos da pizza da não-cassação de mensaleiros atingissem Lula. Só que o petista simplesmente oscilou dentro da margem de erro da pesquisa, que é de 2 pontos percentuais. Ficou no mesmo lugar.
Há meses os partidos de oposição gastam seus minutos na TV para dizer que o governo de Lula é incompetente e corrupto. Mais corrupto do que incompetente. O PFL fez aquele comercial das peças de dominó desenhadas com as caras de petistas caindo, um a um (aliás, essa propaganda é de uma indigência intelectual de dar dó). Com todo esse arsenal mirando para o Palácio do Planalto, a imagem de Lula saiu quase sem nenhum arranhão.
Já Geraldo Alckmin está no noticiário há tempos como o candidato tucano a presidente. Não pode reclamar de que não tenha mídia. E, por incrível que pareça, caiu na pesquisa.
A propósito, será necessário analisar muito bem a pesquisa divulgada pelo Ibope há poucos dias, na qual Alckmin disparava em São Paulo. Tomando-se como fato esse dado, é possível que a queda do tucano então tenha sido mais dramática no restante do país (os 3 pontos de queda nacional poderiam ter sido muito mais, mas ficou só nisso porque talvez tenha ocorrido uma compensação pela melhora em território paulista).
No caso de Anthony Garotinho, o fenômeno ainda precisa ser mais bem explicado. O pré-candidato do PMDB vem sofrendo ataques especulativos de todos os lados. Orestes Quércia lançou Itamar Franco para presidente. Na cúpula peemedebista, todos tramam para derrubar Garotinho. Nos telejornais, o ex-governador do Rio é sempre apresentado como um azarão, que pode nem ser candidato. Em meio a todo esse clima ruim, ele avançou 3 pontos, quase encostando no tucano Alckmin.
Ficará cada vez mais difícil para a cúpula do PMDB derrubar a candidatura de Garotinho. A lógica manda acreditar que a sigla acabará sem candidato. Mas com a evolução do ex-governador do Rio nas pesquisas, o osso será duríssimo para ser roído.
Em tempo: sem Garotinho, fica enorme a chance de a eleição terminar no 1º turno. Hoje, daria Lula.
Segundo turno. Pouca novidade. Lula continua a ganhar de todos:

Lula 52% X 37% Alckmin
Lula 54% X 32% Garotinho

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Blogar é preciso!!

Posted by Marcelo Dutra em quarta-feira, 12 abril 2006

A cada dia que passa sinto como este blog tem sido importante para mim. Meus escritos são resultado da vontade de desabafar, de demonstrar alegria, tristeza, amor, de comentar fatos, de mostrar coisas que vejo e leio, coisas que considero interessantes. Neles, além de sentimento, existe muito de pesquisa, de leitura, de busca pela melhor palavra, pelo melhor texto. Consulto dicionários, livros, artigos da Internet, leio outros blogs, de gente conhecida e de gente desconhecida. Alguns textos são feitos de uma só vez, sem intervalos. A maioria, porém trabalho bastante para construir. Preocupo-me com o conteúdo e também com a forma. Acredito que os leitores merecem esse cuidado. Propus-me manter este blog em 2006 e estou cumprindo, muito mais por prazer que por obrigação. O exercício de escrever semanalmente ou às vezes mais de uma vez por semana tem melhorado minha forma de expressão e tem me feito crescer interiormente. Não escrevo somente para mim, razão pela qual é importante saber que outros tomaram conhecimento, através de comentários. Leio e releio todos, várias vezes. Alguns textos são dirigidos para alguém em particular, outros são para todos e alguns são somente para mim. Não mantenho uma linha definida de assuntos. Procuro diversificar e tratar um pouco de tudo. Arte, política, ética, amor, cotidiano, desabafo, indignação são e serão tratados aleatoriamente.
Vou continuar e vou tentar melhorar cada vez mais. Blogar é preciso!!!!!!!
Abraços…Marcelo

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Parabéns…Breno

Posted by Marcelo Dutra em sexta-feira, 7 abril 2006


Hoje é dia 7 de abril. Vinte e quatro anos atrás, na cidade de São Luís, no Hospital Português, às 14:00h, nascia uma criança do sexo masculino, filho de Marcelo Dutra e Edna Dutra, tendo como avós paternos Vicente Dutra e Delmira Dutra, e maternos Mário da Silva Frias e Edna Pinto Frias. Era uma criança lourinha e gordinha, cheia de vida e de saúde, após 9 meses completos de gestação e seis meses do casamento dos pais. Esta criança encheu a casa de alegria, de felicidade e de cuidados, e como era de esperar, mudou completamente a rotina dos pais. Agora havia um ser que presisava ser alimentado, cuidado, educado, amado. As farras, as festas, as baladas, ficaram em segundo plano. O senso de responsabilidade foi despertado para os inexperientes pais, marinheiros de primeira viagem. O pai desenhou e mandou construir os móveis do quarto e a mãe cuidou da decoração. Sim, a partir daquele momento havia uma família. Contrataram uma babá para ajudar na faina diária. Tudo corria muito bem até que uma notícia veio abalar a paz e tranquilidade da família: o pai perdera o emprego. Desempregado, o que restava fazer? Dois caminhos se apresentavam: ficar em São Luis e procurar emprego por lá mesmo ou voltar para Fortaleza, onde estavam seus pais, irmãos e amigos e tentar nova vida por lá. Escolheu a segunda opção; desfêz-se da casa já comprada, pediu permissão aos pais e retornou, com a família já crescida, para a casa paterna. Após quatro longos meses, conseguiu o emprego que mantém até hoje.
A criança foi crescendo, aprendendo a falar, a andar, entrou no maternal, depois na escola. Aos três anos de idade ganhou uma irmã. E a vida continuava, com os mesmos problemas, dificuldades e alegrias comuns a todas as famílias.
Em 1990, devido a compromissos profissionais, a família mudou-se para Natal, onde permanece até hoje.
Chegou a fase da adolescência, a criança mudando de voz, os hormônios fazendo o seu trabalho de transformar o menino em homem. Surgiu barba e a primeira raspagem da mesma. Os instintos começaram a se manisfestar com as primeiras namoradas. A formação do caráter se consolidando. Enquanto tudo isso acontecia, os pais tentavam fazer a sua parte, proporcionando a educação formal e a formação moral. Ao que tudo indica, tiveram sucesso.
Hoje ele faz 24 anos. Já é um homem. Identidade, CPF, carteira de motorista, título de reservista e título de eleitor podem demonstrar legalmente seu status de adulto e de cidadão. Suas atitudes, seu comportamento e seu caráter demonstram moralmente que a criança virou gente, virou homem de fato, e de boa cepa.
Boa gente, bom filho, bom amigo, carinhoso, respeitoso, sensível, ciente de suas obrigações, vive sua vida da forma que acha mais correta. Já é quase dono do nariz e exerce com retidão esta qualidade. Toma suas decisões. Tem defeitos também, o que o torna mais humano. Certamente os pais não desejariam alguém sem defeitos, como se fosse um boneco ou um robot. Nem sempre suas idéias correspondem às dos pais, mas porque deveriam? Muitas vezes suas idéias é que estão corretas, e não as dos pais.
E neste aniversário o presente maior que seus pais poderiam oferecer seria exatamente a oportunidade de fazê-lo saber como é amado, como é necessário, como é importante; de agradecer a convivência durante todos esses anos; de dizer que talvez tenham aprendido mais que ensinado. E finalmente que acreditam que já esteja pronto para a vida.

“Só se vê bem com o coração; o essencial é invisível aos olhos”
Exupéry
Abraços…Marcelo

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